Artigo para Profissionais da Saúde
Usos terapêuticos do quarto mineral essencial mais abundante no organismo
O magnésio é o quarto mineral essencial mais abundante no organismo. Está presente em 50% nos músculos e 50% em tecidos moles. Menos de 1% encontra-se no sangue. Como acontece com outros minerais, estudos estimam que um percentual elevado da população não ingira a quantidade diária recomendada.
Funções do magnésio no organismo
O magnésio participa de mais de 300 reações metabólicas, entre as quais, síntese proteica, produção e armazenamento de energia, crescimento e reprodução celular e estabilização da membrana mitocondrial.
É um dos minerais responsáveis pela regulação do metabolismo ósseo, transmissão nervosa, excitabilidade cardíaca, condução neuromuscular, contração muscular, tônus vasomotor e pressão sanguínea. Também cumpre papel fundamental no metabolismo da glicose e insulina, principalmente por meio de seu impacto na atividade de enzimas do processo.
Magnésio no tratamento de doenças
O magnésio tem sido usado no tratamento de inúmeras doenças. Há evidências de sua efetividade na eclampsia, asma severa e cefaleia. Por outro lado temos poucas evidências que sustentam seu uso na constipação e dispepsia.
Embora tenha potencial de uso, são necessários mais estudos com relação ao uso desse mineral no tratamento de diversas patologias e estados metabólicos, como síndrome metabólica, prevenção de câimbras em gestantes, prevenção de osteoporose e alívio da dismenorreia.
A hipomagnesemia, falta de magnésio no sangue, é uma das anormalidades eletrolíticas mais comuns em pacientes hospitalizados. As causas mais comuns são desnutrição, diarreia, doenças inflamatórias intestinais, alcoolismo, diabetes e uso de medicamentos como diuréticos, antibióticos, digitálicos, imunossupressores e quimioterápicos.
Como o magnésio é predominantemente absorvido no intestino delgado, as doenças inflamatórias intestinais, a diarreia crônica e a má absorção são desencadeadores comuns.
Suplementação de Magnésio e doenças renais
Embora qualquer forma de doença renal possa levar à perda de magnésio, a mais comum ocorre devido ao uso de diuréticos. A diurese salina forçada também pode esgotar o magnésio durante a quimioterapia ou no tratamento da hipercalcemia. Devido à frequência de distúrbios concorrentes, a deficiência de magnésio deve ser considerada em pacientes com hipocalemia (falta de potássio), hipocalcemia (falta de cálcio) e hipofosfatemia (falta de fosfato).
A suplementação deve ser considerada em pacientes de risco, pacientes utilizando diuréticos, com ingestão nutricional deficiente ou estados de má absorção.
Dosagem de magnésio elementar:
Adultos sadios, 350mg ao dia.
Crianças de 1 a 3 anos, 65mg ao dia; 4 a 8 anos, 110mg ao dia; acima de 8 anos, 350mg ao dia.
Formas de magnésio disponíveis na Formularium: ascorbato de magnésio, carbonato de magnésio, citrato de magnésio, cloreto de magnésio, hidróxido de magnésio, oxido de magnésio, sulfato de magnésio, aspartato de magnésio e magnésio quelado. Além dos novos suplementos: magnésio L treonato, magnésio dimalato, magnésio taurato e magnésio glicil glutamina.
Mary P Guerrera, Stella Lucia Volpe and Jun James – “Therapeutic Uses of Magnesium”, American Family Physician 80(2): 157-162 © 2009 pela The American Academy of Family Physicians. John J. Marini – “Terapia intensiva: o essencial”, 1999 Ed. Manole
Outros links interessantes sobre o suplemento magnésio:
Suplemento de Magnésio melhora funcionamento do cérebro.
Suplementos para enxaqueca: ação na prevenção e tratamento de crises.