Os Nutracêuticos figuram atualmente como excelentes aliados no tratamento das crises de enxaqueca em crianças, adolescentes e adultos.
Saiba mais sobre sua profilaxia e utilidades.
A enxaqueca é uma entidade clínica clássica com características bem definidas, mas também com alguma variabilidade.
Tem um perfil temporal paroxístico, com episódios de frequência e duração variáveis, intervalados por períodos totalmente assintomáticos.
A sua ocorrência é estimada em 12% da população, sendo mais comum em mulheres (média de 18% a 20%), seguida pela ocorrência em cerca de 6% dos homens e média de 4% a 8% em crianças.
Seu impacto na produtividade e no lazer é significativo, pois é comum as crises incapacitarem o paciente para suas atividades habituais.
A abordagem mais eficiente para o tratamento inclui o afastamento dos fatores deflagradores, tratamento medicamentoso preventivo, uso de medicamentos de resgate para os momentos de dor e as terapias acessórias ou não medicamentosas.
O tratamento profilático visa evitar as crises, torná-las menos intensas, menos frequentes e mais responsivas ao tratamento agudo.
É muito comum o paciente chegar ao consultório queixando-se de fortes dores de cabeça. A seguir, explicaremos as principais diferenças entre a dor de cabeça e a enxaqueca:
Nutracêuticos e Enxaqueca: Profilaxia e Tratamento das Crises
A suplementação de complexos vitamínicos reduz a prevalência de crises de enxaqueca pela metade e diminui a intensidade de crises.
E é nesse quadro que surgem como protagonistas os Nutracêuticos.
Os Nutracêuticos resultam da combinação dos termos “nutrição” e “farmacêutica” e são suplementos alimentares que contêm a forma concentrada de um composto bioativo de alimento, apresentado separadamente da matriz alimentar e utilizado com a finalidade de melhorar a saúde, em doses que excedem aquelas que poderiam ser obtidas de alimentos.
Em Neurologia os maiores exemplos são a utilização de riboflavina e coenzima Q10 como adjuvantes na profilaxia da enxaqueca.
A evolução da ciência permitiu que, atualmente, se saiba muito mais sobre a ação de cada nutriente no organismo, o que trouxe à tona o uso de Nutracêuticos adequados como forma eficaz na redução da frequência e na intensidade das crises de enxaqueca incapacitante – sendo seguro também para a terapia em crianças.
Enxaqueca em Crianças e Adolescentes
A enxaqueca pediátrica acomete de 37% a 51% das crianças durante os primeiros anos escolares e de 57% a 82% das crianças e adolescentes no ensino fundamental.
Pesquisadores do Instituto Glia, São Paulo, Brasil e Einstein College of Medicine, em Nova York, EUA, descobriram que crianças com enxaqueca são muito mais propensas a terem também problemas comportamentais, tais como:
- problemas de atenção;
- ansiedade;
- depressão.
Isso em comparação com crianças que nunca tiveram enxaqueca.
Opções de tratamento com base em estudos clínicos indicam a riboflavina, a coenzima Q10 e o ginkgolídeo B como principais compostos no tratamento da enxaqueca.
O magnésio, o ácido alfa-lipoico e os fitoterápicos Tanacetum parthenium e Petasites hybridus apresentam efeito potencial no tratamento da enxaqueca pediátrica.
A terapia contendo Ginkgolídeo B + Coenzima Q10 + Riboflavina + Magnésio pode ser adotada em crianças e adolescentes, reduzindo significativamente a frequência e severidade das crises.
A suplementação com Riboflavina em altas doses ou Coenzima Q10 é eficaz na profilaxia da enxaqueca, sendo segura e bem tolerada em crianças e adolescentes.
O tratamento da enxaqueca em crianças e adolescentes pode ser dividido basicamente em três categorias:
- Estratégias preventivas (alterações comportamentais e suplementação profilática);
- Tratamento para crises agudas;
- Tratamento preventivo para crises recorrentes.
As estratégias preventivas englobam desde mudanças comportamentais como sono regular, cuidados com a alimentação e hábitos diários até suplementação nutracêutica, conforme quadro abaixo: